L’approccio sistemico-relazionale, teoria e metodologia a cui faccio riferimento nella mia pratica professionale, si basa sulla premessa che ogni individuo è parte di diverse reti di relazioni reali e simboliche, da cui è influenzato e che influenza a sua volta. Di alcune di queste siamo parte fin dalla nascita: si pensi alla famiglia, alla società in cui siamo nati, alla cultura. In altre entriamo a far parte nel corso della vita: si pensi alle relazioni di coppia, ai contesti lavorativi, alle esperienze migratorie.
L’appartenenza a questi contesti contribuisce alla formazione di un bagaglio personale che portiamo con noi nel corso della nostra biografia. Le nostre risorse e le nostre fragilità raccontano la storia dei contesti famigliari in cui siamo cresciuti o, ancora, sono il risultato di incontri significativi avvenuti lungo il nostro percorso di vita. Come i capitoli di un libro, tutti questi “pezzi” contribuiscono a creare il nostro modo di stare nel mondo, la nostra storia. È all’interno di questo continuo scambio con l’ambiente che ci circonda che affrontiamo gli eventi della vita, attribuiamo ad essi senso e significato e valutiamo il nostro benessere o malessere.
In terapia, attraverso il dialogo e l’utilizzo di canali verbali e non, cerco di aiutare i pazienti a ripercorrere e riscoprire i propri percorsi individuali, provando tanto a comprenderne i momenti di rottura, crisi, sofferenza, mutamento, quanto a risignificare e affrontare le esperienze vissute, perché queste possano diventare una risorsa capace di innescare nuovi percorsi di cambiamento.
Infine, particolare attenzione è data alla situazione di migrazione in cui molte delle persone con cui lavoro si trovano. Il trovarsi in un paese straniero reca con sé l’allontanamento da alcuni importanti punti di riferimento (i parenti e le reti sociali e amicali per esempio). Il contesto migratorio costringe a mettere in discussione le proprie storie di vita e a imparare a stare tra due mondi: la ricerca di un equilibrio tra essi è un’esperienza complessa, che può esporre a difficoltà impreviste. Costruire una famiglia all’estero, rimodellare i rapporti con la propria famiglia di origine, inserirsi in un nuovo contesto lavorativo, utilizzare più lingue nella propria quotidianità o nell’educazione dei propri figli, interagire con un sistema istituzionale e culturale estraneo, sono solamente alcune delle sfide a cui la migrazione espone. Esperienze, queste, che sottendono un’enorme ricchezza, ma che possono esporre a conflitti e problematicità di fronte ai quali un sostegno o uno spazio di confronto e di riflessione può risultare prezioso e necessario.
Psicoterapia individual
A abordagem sistêmico-relacional, teoria e metodologia a que me refiro em minha prática profissional, baseia-se na premissa de que todo indivíduo participa de diferentes redes de relações reais e simbólicas, pelas quais é influenciado e influencia por sua vez. Fazemos parte de alguns desses contextos desde que nascemos se pensarmos na família, na cultura e na sociedade em que estamos inseridos. De outros nos tornamos parte ao longo da vida, como as relações de casal, os contextos de trabalho e os de migração.
Pertencer a esses contextos contribui para formar e preencher uma bagagem pessoal que carregamos conosco ao longo de nossas biografias. Nossos recursos e nossas fragilidades contam a história das relações familiares em que crescemos, ou ainda, são o resultado de outros encontros importantes que ocorreram ao longo da vida. Como os capítulos de um livro, todas essas “peças” contribuem para criar nosso modo de estar no mundo, nossa história. É dentro dessa troca contínua com o ambiente no qual vivemos que enfrentamos os acontecimentos de nossa vida, atribuímos a eles um sentido e avaliamos nosso bem ou mal-estar.
Na terapia, por meio do diálogo e do uso de canais verbais e não verbais, procuro ajudar os pacientes a reconstituir e redescobrir os próprios caminhos individuais. Por um lado, acompanho-os para entender os momentos de bloqueio, crise ou sofrimento e, por outro, dar um novo sentido a essas experiências e enfrentá-las, para que elas se tornem um instrumento para empreender caminhos de mudança.
Além disso, uma atenção particular é dada à situação de migração, na qual muitas das pessoas com quem trabalho são envolvidas. Viver em um país estrangeiro significa muitas vezes deixar importantes pontos de referências (por exemplo, a família, a rede social e de amizade). O contexto migratório força a pessoa a questionar a sua própria história de vida e a aprender a permanecer entre dois mundos: a busca por um equilíbrio entre eles é uma experiência complexa, que pode expor a dificuldades imprevistas. Construir uma família no exterior, remodelar as relações com a família de origem, entrar em um ambiente de trabalho estrangeiro, usar vários idiomas na vida cotidiana ou no processo de educar os próprios filhos, interagir com um sistema institucional e cultural diferentes são apenas alguns dos desafios que a migração traz. Tais experiências têm uma enorme riqueza, mas podem expor a conflitos e problemas, frente aos quais um suporte ou um espaço para confrontação e reflexão podem ser algo importante e necessário.